Hoje eu fui até a igreja, não algo de muito incomum, mas pra alguém que não pisa lá há quase cinco anos, realmente é de se estranhar que numa bela manhã de sábado tenha dado uma boa caminhada, cerca de uns dois km, até lá. Esta manha está realmente bem bonita, não há uma só nuvem no céu, a brisa é leve e fresca e o prêmio a ser sorteado hoje na mega-sena é de 52 milhões, não que isso interesse muito, mas segundo as estimativas é o maior prêmio deste ano.
Bem, mas o que há de mais interessante é relatar o que se passa dentro dessa minha cabeça louca ou oca, se preferir, de uma fé solúvel acho que coloquei um bom punhado para beber esta manha, não sei por quanto tempo fiquei lá sentada.Cheguei meio desajeitada, havia alguns dois pedintes na porta, umas pouquíssimas pessoas zanzavam, não fiz sinal da cruz ao entrar, isso meio que me constrangeu no começo, sentei-me bem no meio, no cantinho do banco situado na nave direita.
Comecei uma prece meio apressada com aquelas velhas desculpas e pedidos de perdão, mas do nada meus olhos se encheram de lágrimas e chorei não sei por quanto tempo, parei olhei em volta, vislumbrei um gafanhoto bem ali debaixo do banco da frente... Sorri.
Daí então a conversa fluiu, enquanto admirava a arquitetura e os vitrais da igreja conversava com o bom e velho Deus, Ele não é lá muito de falar então eu falei e falei e falei. Chorei, de raiva, de desespero, de medo... Medo por não saber o que fazer, medo de ter feito a cosia errada, medo simples e puro, com um bom olfato acho que dava pra sentir o cheiro, o cheiro do meu medo que agora pairava no ar. A música que tocava era uma bela canção com harpas e afins.
Senti vontade de ligar pra alguém e conversar ou pedir desculpas ou apenas pra falar do céu sem nuvens, mas preferi contemplar o grande espaço e silencio de ser só, só como nunca me senti antes, uma solidão meio bucólica talvez, não sei. Parei, pensei no que podia fazer naquele instante, podia virar freira, podia dar todo o meu dinheiro pra algum dos pedintes ou comprar algo para eles comerem, demorou um pouco e daí então vidiei o que devia fazer... E fiz.
Bem, mas o que há de mais interessante é relatar o que se passa dentro dessa minha cabeça louca ou oca, se preferir, de uma fé solúvel acho que coloquei um bom punhado para beber esta manha, não sei por quanto tempo fiquei lá sentada.Cheguei meio desajeitada, havia alguns dois pedintes na porta, umas pouquíssimas pessoas zanzavam, não fiz sinal da cruz ao entrar, isso meio que me constrangeu no começo, sentei-me bem no meio, no cantinho do banco situado na nave direita.
Comecei uma prece meio apressada com aquelas velhas desculpas e pedidos de perdão, mas do nada meus olhos se encheram de lágrimas e chorei não sei por quanto tempo, parei olhei em volta, vislumbrei um gafanhoto bem ali debaixo do banco da frente... Sorri.
Daí então a conversa fluiu, enquanto admirava a arquitetura e os vitrais da igreja conversava com o bom e velho Deus, Ele não é lá muito de falar então eu falei e falei e falei. Chorei, de raiva, de desespero, de medo... Medo por não saber o que fazer, medo de ter feito a cosia errada, medo simples e puro, com um bom olfato acho que dava pra sentir o cheiro, o cheiro do meu medo que agora pairava no ar. A música que tocava era uma bela canção com harpas e afins.
Senti vontade de ligar pra alguém e conversar ou pedir desculpas ou apenas pra falar do céu sem nuvens, mas preferi contemplar o grande espaço e silencio de ser só, só como nunca me senti antes, uma solidão meio bucólica talvez, não sei. Parei, pensei no que podia fazer naquele instante, podia virar freira, podia dar todo o meu dinheiro pra algum dos pedintes ou comprar algo para eles comerem, demorou um pouco e daí então vidiei o que devia fazer... E fiz.
thádia eulálio