sexta-feira, 10 de julho de 2009

um sonho

Eu tive um sonho e como todo sonho era atemporal, ideal e surreal.
Eu tive um sonho, um sonho bom, cheio de mistério, sorrisos, olhos, bocas, pernas, mãos, pés e braços.
Eu tive um sonho, longe,próximo efemero e eterno.
Eu tive um sonho pra se sonhar todo dia, toda hora em todo lugar.
Eu tive um sonho, será mesmo um sonho ou uma alucinação?
Eu tive um sonho com música,cheiro e calor.
Eu tive um sonho cheio de esperança, espera e esplendor.
Eu tive um sonho com beijos, abraços e enlaços.
Eu tive umsonho com idas, vindas,voltas e despedidas.
Eu tive um sonho de amor, tesão e cumplicidade.
Eu tive um sonho, mas terásido sonho ou delírio?
Eu tive um sonho com gosto, toque e pele.
Eu tive um sonho pra jamais se acordar.
Eu tive um sonho,mas terá sido sonho ou realidade?
Eu tive o real,mas pensei que fosse sonho.

thadia e.

terça-feira, 12 de maio de 2009

longe demais

Manhã chuvosa de terça-feira, o ping-ping das gotinhas no vidro da janela, são seis da manha o dia mal começou e já se escuta o grunido do Rex na porta da cozinha pedindo pelo café da manhã.
Levanto bem devagar, esfrego os olhos, bocejo.
Ouço uma voz doce, assim que ligo a tv, é a moça do telejornal, previsão do tempo.
" O dia vai permanecer chuvoso, com previsão de sol no fim da tarde" ,torço pra assistir o sol se pôr, hoje.
Escovo os dentes, tomo banho, ponho o vestido amarelo com flores negras na estampa, é aquele que ganhei de aniversário da Mirella, noite boa. O Rex late alto, agora que me lembro, esqueci de comprar a ração ontem quando passei no supermercado, e foi porque eu vi ele. Droga, hoje tenho hora na terapia e será que vai ser outra sessão falando dele? Não pode. Chega.
Descongelo um pedaço de bife rapidão no microondas,o telefone toca... engano. Saio correndo já perdi a hora, de novo.
Meio-dia self-service almoço corrido pra dar tempo pegar a roupa na lavanderia, comprar a ração e olhar pro sorriso dele, fico vermelha e a comida entala, não posso lembrar, dói tanto a falta da companhia pro almoço corrido, da conversa sobre as trivialidades e sobre como o ataque do Flamengo anda bom esse ano.
O celular toca, esperança percorre a espinha respiro fundo, atendo.
" Ah, oi Mirella... sim eu falei.. aprovou . combinado, amanha a noite, beijo.". Desligo.
Fim de tarde o sol aparece, paro no parque, tem uns casais passeando. me sento no banco em frente ao salgueiro centenário, espero.
Espero.
Espero.
Espero.
O sol já vai longe no horizonte, a brisa fria da noite sussurra ao pé do ouvido. Olho em volta, procuro. Choro baixinho, suspiro, aperto o broche que ele me deu, deixo o broche cair ali perto do salgueiro, rio meio encabulada, me despeço e o vestido estampado vai sumindo em meio ao véu negro da noite.
O broche foi resgatado por um sujeito do sorriso encantador e por ele foi pedido uma recompensa muito alta. Valor: uma amor além da vida.

thádia E.

domingo, 9 de novembro de 2008

Resposta

E mais uma vez se recomeça aquela velha briga de olhares, silêncios, e saídas pela tangente. Ora e o q há de novo nisso? Eu lhe respondo nada, e mesmo assim repetimos hoje, o q fizemos ontem e isso será o que provavelmente faremos amanha. Quem nos dias de hoje não dá aquela espiadela no Orkut daquela pessoa, e não fica horas no MSN com um janela aberta sem coragem pra começar uma conversa e tudo a gente espera pelo outro e o outro espera pela gente, e no fim das contas nada acontece.
Já dizia o velho Newton quando uma coisa está em inércia à tendência é que ela continue assim, e acho q essa regra só não se aplica ás famosas partículas subatômicas, pois bem, e mesmo quando você já tomou uma atitude e foi lá esperando o tal do “granfinale” quem nem acontece nos filmes e nada. Paira no ar aquela musiqueta de filme de suspense, seu coração acelera a pupila dilata e no fim das contas o que acontece? Nada, novamente. E como sobreviver à todo esse “nada” nem tem receita certa não, antes fosse mais fácil calcular tudo numa fórmula matemática era lá e pam, exato, mas não é assim. e eu nem mesma sei por onde sair se não pela tangente, porque lá no fundo eu tenho medo de q a possibilidade do nada se torne a realidade do tudo e aí... aí eu teria q aprender a lidar com o tudo que se transforma em nada se você não estiver por perto.





by: Thádia Eulálio

quarta-feira, 5 de novembro de 2008

O poder do amor

Pega na minha mão
vamos andar contra o vento
sempre em movimento
ouvindo nosso coração

Deixemos para traz
tudo o q nos faz temer
para assim entender
o q o amor faz

Te quero aqui
a sua mão tocar
vendo teu olhar
e ter a certeza
que sempre você estará
perto de mim!!!



By: Lika

sábado, 6 de setembro de 2008

Aos dezoito

Dezoito númerozinho meio traiçoeiro esse, some o 1+8= 9 que de cabeça pra baixo vira 6, e é assim mesmo quando a gente chega nessa idade, tudo vira meio que de cabeça pra baixo, você agora é “de maior” já pode comprar bebida no supermercado, tirar a habilitação de motorista, entrar em boates de strip-tease entre outras milhões de possibilidades que são mostradas com esse númerozinho na carteira de identidade.

Como nem tudo são flores, agora aos dezoito você também pode ser preso, pode se casar?! É, agora você é dono do seu próprio nariz e aí quem sabe vem a tão sonhada independência, só que muitas vezes vem acompanhada de uma parte meio chata as velhas responsabilidades. De repente bate aquele sentimento estranho de solidão, porque até agora tinha alguém responsável por você, e assusta toda essa liberdade e dá uma vontade tremenda de correr pra saia da mãe e pedir colinho, não que você não possa, mas todo mundo espera que agora você amadureça, cresça e experimente a vida com sues sabores adocicados e por vezes amargos, mas é a sua hora.

E os amigos aos dezoito, os amores aos dezoito é tudo muito intenso, você pra muita gente não é mais adolescente porem pra você mesmo também não é adulto, e o que você é então? O cisne encantado que de dia é cisne e a noite à luz do luar passa a ser humano? Não, não eu acho que não. Porque nem eu mesma sei, afinal to no meio desse turbilhão meu aniversário é daqui a dois dias e os tão sonhados, apressados, ansiados dezoito vem aí, e quem souber a resposta dê aquele sorrisinho de canto de boca e olhe com ar de superioridade, porem não pronuncie uma só palavra. Eu quero descobrir sozinha e vislumbrar a aurora da maioridade
.



dedicado à mim, mirella ( prima linda parabens.. ;D) e a quem gostar.. ^^

Thádia Eulálio

segunda-feira, 18 de agosto de 2008

Crônicas no jardim

São 17:15 e uma tarde de Agosto, o sol já começa a dourar seus raios naquele velho ritual de encerramento do dia. Os devaneios incrédulos do meu pensamento projectam-se no jardim da frente, vejo o tal sorriso escondido entre os galhos da mangueira, ali a rolar na grama os suspiros deleitam-se entre si e os passos do senhor grisalho à direita ditam o ritmo.
Duas moças cochicham e trocam sorrisos com os olhares cheios de esperança e os corações transbordantes de amor, o viço da vida se faz presente.
O clima esfria ligeiramente, e as formigas se apoderam de um resto de maçã que outrora fora deixado ali por algum individuo distraído. A hora passa devagar, e nada de pressa neste fim de tardo no jardim do condomínio.
E nada mais falta, a cena se completa, as moças se despedem, acho que alguém veio buscar uma delas, pois o estrondo de uma buzina se repete incessantemente, o senhor grisalho puxa do bolso uma velha gaita e meio sem graça olha pra mim como se pedisse permissão para toca-la e eu como fã de música, dou aquele velho sorriso ansioso e espero.
Durante uma segundo ou dois lembro de você, bom senhor toca uma velha música, não conheço tal melodia mas percebo que é algo nostálgico e apaixonado. De repente o celular toca. E quem poderia ser a esta hora? E pra minha surpresa é apenas a secretária do dentista cancelando a consulta.
Thádia Eulálio

terça-feira, 5 de agosto de 2008

A ousadia do dia

Olhe a marra com que o sol nasce sem pedir licença
Retirando o véu da noite sem pudor
Pra enrubescer face tua
De vergonha ou de calor

E pelos seus raios de fogo
Que se faz novo dia
A queimar as entranhas desse povo
Que só pede um pouco de alegria


Thádia Eulálio